Durante muitas décadas, Rotary Clubs e rotarianos em todo o
mundo têm usado a Prova Quádrupla, como instrumento para desenvolver o respeito
e compreensão entre os povos.
Como se emprega a Prova é indicado pelo rotariano de Chicago
que a idealizou. Sugere ele que, primeiro, se decore o texto e, depois, se
adquira o hábito de confrontar pensamentos, palavras e atos com as perguntas
formuladas.
É um guia para se agir direito. Se guardada de memória e
aplicada no tratamento com terceiros, contribuirá definitivamente para mais
efetivas e amistosas relações.
A experiência de muitos tem mostrado que se deve consultar
sistematicamente a Prova Quádrupla para avaliar a retidão de pensamentos,
palavras e atos, logrando-se maior felicidade e êxito.
A história da Prova Quádrupla começa em 1932, quando os
Estados Unidos era assolado por grave crise. O trabalho era escasso e o governo
via-se na contingência de sub- vencionar milhões de cidadãos.
Uma empresa - Club Aluminium Products Company - achava-se às
portas da falência e provável encerramento de suas atividades. Numa última
tentativa para evitar o desmoronamento, após algumas considerações e exames do
difícil momento, convidaram para administrá-la um jovem de negócios, Herbert J.
Taylor, que ocupava posição importante numa companhia de alimentos.
Taylor, aceitando o desafio, achou, de início, que apenas
algo superior com respeito às normas e práticas da empresa poderia evitar a
falência e permitir a sua sobrevivência. Isso, naturalmente, porque o passivo
era bastante grande, não havendo possibilidade de ser equilibrado, mesmo com
pequenos empréstimos bancários ainda possíveis. Os concorrentes, por sua vez,
tinham excelentes e melhores produtos, largamente anunciados, e desfrutavam uma
cômoda situação econômica, o que agravava, sobremodo, a precariedade existente.
Verificando a necessidade de encontrar uma solução
satisfatória, Taylor pensou em alguma coisa com que os concorrentes não contassem.
Enfrentando inúmeros obstáculos e desvantagens, empenhou-se em criar algo
diferente, que pudesse substituir o código de ética adotado até então, e que
não correspondia, devidamente, às reais necessidades, sendo, portanto,
impraticável.
Observando que o texto a ser redigido não deveria apontar
aos empregados o que fazer, julgou que seria mais objetivo formular-lhes
perguntas para que raciocinassem e, eles próprios, deduzissem se estavam certos
ou errados em seus métodos de trabalho. Foi assim que Taylor redigiu as
interrogações que compõem a Prova Quádrupla.
Decorridos dois meses de experiências com a aplicação das
novas regras, estava ele certo do seu valor e resolveu colocá-las em prática
com os seus funcionários.
A Prova Quádrupla foi decorada e passou a ser aplicada por
todos na empresa. Seus preceitos passaram a ser observados nos anúncios, nas
relações com os concorrentes e nas vendas. A companhia conseguiu aumentar suas
vendas, tornou-se sólida e conquistou o respeito e a consideração da concorrência
e dos clientes.
Em 1944, Taylor assumiu a primeira vice-presidência do
Rotary International e, naquela ocasião, em nome da Aluminium, entregou os
direitos autorais da Prova Quádrupla ao RI. Em 1946, o texto foi registrado
para fins de direitos reservados e toda a reprodução tem que ser seguida da
referência "Direitos Reservados, 1946 - Rotary International e autorizada
em formulário especial da entidade.
A História da Prova Quádrupla" Por Herbert Taylor
"Em 1932, fui encarregado pelos credores da Club
Aluminum Company, de evitar a falência e conseqüente fechamento da empresa.
Atuava a mesma como distrubidora de utensílios de cozinha e de outros artigos
para uso doméstico.
Achamos que era devedora de uma importância superior a US$
400.000 acima do ativo total. Estava quebrada mas ainda vivia. Nessa ocasião,
um banco de Chicago emprestou-nos US$ 6.100, parcos recursos com os quais
deveríamos prosseguir operando.
Conquanto tivéssesmos um bom produto, nossos competidores
também comerciavam com material de excelente qualidade e de marcas largamente
anunciadas. Nossa empresa dispunha de ótimos empregados, mas a concorrência
igualmente os possuía. E, além disso, se achavam, naturalmetne, em condições
econômicas muito mais sólidas do que a nossa.
Com tremendos obstáculos e desvantagens a enfrentar,
sentimos a necessidade de criar em nossa organização algo com que os
competidores não contassem em idênticas proporções. Decidimos, então, que teria
de girar em torno do caráter, da noção do dever e do espírito de servir do
nosso pessoal. Determinamos principiar por selecionar cuidadosamente os nossos
colaboradores e, em seguida, ajudá-los a se tornarem melhores homens e
mulheres, à medida que avançassem nas suas carreiras.
Acreditávamos na "força da razão" e resolvemos
tentar o máximo para que estivesse ela sempre do nosso lado. A indústria que
nos consagrávamos, como acontecia com várias outras, tinha um código de ética,
mas este era muito longo e quase impossível de ser memorizado e, portanto,
impraticável.
Concluimos que precisávamos de um padrão simples para
avaliar a correção de nossa maneira de proceder e que todos na empresa pudessem
rapidamente lembrar-se. Entendíamos que o texto proposto não deveria apontar
aos nossos empregados o que lhes competia fazer, porém dirigir-lhes perguntas
que lhes facilitassem veririfar se os seus planos, normas e ações estavam
certos ou errados.
Haviamos procurado nas plublicações disponíveis uma medida
de ética curta mas não conseguimos encontrar uma satisfatória. Um dia, em julho
de 1932, resolvi orar a prespeito do assunto. Naquela manhã, debrucei-me sobre
a minha escrivaninha e pedi a Deus que nos ajudasse a pensar, falar e fazer
oque fosse certo. Imediatamente peguei um cartão em branco e escrevi "A
Prova Quádrupla" do que pensamos, dizemos ou fazemos, assim:
1 - É a Verdade:
2 - É justo para todos os interessados:
3 - Criará boa vontade e melhores amizades?
4 - Será benéfico para todos os interessaados?
Coloquei essa pequena sére de perguntas sob o vidro de miha
mesa de trabaho e deliberei ensaiá-la por alguns dias, antesd ea abvordar o
assunto com qualquer funcinário da empresa. O resultado foi deveras
desencorajador. Por pouco não lancei-a na cesta de lixo> Logo no primeiro
dia quando comparei tudo que passou pelas minhas mãos com a sua indagação
inicial: "É a verdade?" Nunca me havia, até então, percebido de
quanto estavba freqüentemente afastado da verdade e do número de inexatidões
que figuravam nos documentos, cartas e propaganda da empresa.
Depois de cerca de dois meses de um sincero e constante
empenho de minha parte, eu estava completametne convencido de seu valor e, ao
mesmo tempo, imensamente humilhado, e às vezes desanimado, com o meu próprio desempenho
como presidente da empresa. Tinha, entretanto, progredido bastante naquele
propósito de respeitar o teste para jugar-me autorizado a mencioná-lo a meus
asssociados. Discuti-o com os quatro chefes de departamento. Talvez seja útil
conhecer qual a crença religiosa dos compromentes desse grupo: Um era católico,
o segudno cristão cientista, o terceiro judeu ortodozo e o quarto
presbiteriano.
Indaguei a cada um deles se notava lagum detalhe na Prova
Quádrupla contrário à doutrina e aos ideais de sua particular devoção. Todos
concordaram que o culto da veracidade, eqüidade, amistosidade e prestimosidade
não só se ajustava a seus princípios mas que, se permanentemente observados nos
negócios, essas virtudes lhes aseeguravam maior sucesso e aperfeiçoamento.
Anuiram em averiguar se os planos normas, informes e publicidade do
estabeleciemto se coadunavam com os ditames da Prova Quádrupla. Mais tarde
pediu-se a todo o pessoal que decorasse e adotasse em suas relações com os
demais.
A investigação da linguagem dos nossos anúncios, à luz da
Prova Quádrupla, resultou na eliminação de asseverações cuja autencidade não
podia ser demonstrada. Superlativos como "o melhor", "o
maior", "o único", desapareceram de nossa propaganda. Como conseqüência,
o público gradualmtne passou a depositar crescente fé no que declarávamos nos
anúncios e a comprar mais das nossas mercadorias.
O uso ininterrupto da Provba Quádrupla levou-nos a alterar
nossa orientação atinente às relações com os competidores. Abolimos de nossa
literatura e reclames quaisquer cometários adversos ou prejudiciais aos
produtos da concorrência. Quando se oferecia uma oportunidade de elogiar nossos
colegas não hesitávamos s em fazê-lo. Assim, conquistamos sua consideração,
respeito e amizade.
A obediência aos preceitos da Prova Quádrupla no trato com
nossos empregados, fornecedores e clientes garantiu-nos a sua estima e boa
vontade. Aprendemos que a afeição e confiança daqules com quem nos associamos
são essenciais ao êxito duradouro dos negócios.
Graças ao leal esforço dos nossos servidores por mais de
vinte anos, temos aproximado com firmeza dos alvos a que a Prova Quádrupla se
propõe atingir. Fomos recompensados um cum contínuo aumento das nossas vendas e
lucros, do qual participou a remuneração do pessoal. Falida em 1932,
conseguimos atingir a atual situação com suas dívidas integralmetne saldadas, o
pagamento de mais de um milhão de dólares a seus acionistas e um acervo
superior a dois milhões. Todos esses resultados promanam de um investimento
inicial de apenas US$ 6.100, da observância da Prova Quádrupla e do labor
intenso de algumas dedicadas criaturas que acreditaram na bondade divina e
atuaram sob a inspiração de elevados ideais.
Os dividendos intangíveis, derivados da adoção da Prova
Quádupla, são ainda mais significativos do que os financeiros. Temos
constantemnte visto crescerem, a nosso favor, a boa vontade, estima e confiança
dos clientes, concorrentes e o públco em geral e, o que é mais valioso,
assinalamos um grande aprimoramento dos predicados morais do nosso corpo de
funcionários e empregados.
Descobrimos que não se pode aplicar incessantemente a Prova
Quádrupla a todas as modalidades de contatos, no setor dos negócios, durante as
oito horas por dia sem que se contraia o costume de consultá-la no curso da
própria vida doméstica, social e cívica.
E, dessa forma, seremos melhor pai, melhor amigo e melhor
cidadão.
Herbert J. Taylor"
(extraído da publicação PA2-515-PO)
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